A semana de 3 a 7 de junho de 2025 foi um verdadeiro turbilhão para o mercado financeiro, com destaque para a queda do dólar no Brasil, as oscilações do Ibovespa e uma série de eventos internacionais que ditaram o ritmo dos investimentos globais.

Dólar Despenca e Ibovespa Sente Incertezas Fiscais

No Brasil, a grande notícia foi o dólar, que despencou para R$ 5,57, o menor valor do ano. Essa baixa foi impulsionada pela expectativa de um acordo sobre o IOF entre governo e Congresso, além de um cenário global de alívio nas tensões comerciais.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou a semana em leve queda de 0,67%. A desconfiança fiscal no país, especialmente a possibilidade de o governo usar dividendos de estatais como a Petrobras para cobrir o rombo fiscal, e as discussões sobre o IOF, pesaram sobre a bolsa.

Destaques Corporativos: JBS, Casas Bahia e Gol

No mundo corporativo brasileiro, a JBS (JBSS3) chamou a atenção, movimentando mais de R$ 421 milhões por dia na B3. A empresa se prepara para estrear seus BDRs na bolsa americana (NYSE) em 9 de junho, após um bem-sucedido processo de dupla listagem.

Já as ações da Casas Bahia (BHIA3) dispararam. A conversão de dívida em ações trouxe um alívio significativo para a alavancagem da varejista. Por outro lado, a Gol (GOLL4) viu suas ações em queda, mesmo após o fim de sua recuperação judicial nos EUA.

Impacto Global: Emprego nos EUA, Trump x Musk e China

Internacionalmente, o relatório de empregos dos EUA (Payroll) veio acima do esperado, gerando volatilidade nos mercados globais. Inicialmente, o dólar americano se fortaleceu, diminuindo as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Uma verdadeira novela corporativa e política foi a rixa entre Donald Trump e Elon Musk. A disputa pública pressionou as ações da Tesla, que despencaram 14%, resultando em uma perda de cerca de US$ 150 bilhões em valor de mercado. Trump chegou a ameaçar a retirada de contratos federais e subsídios concedidos às empresas do bilionário.

No cenário geopolítico, uma conversa entre Donald Trump e Xi Jinping (China) trouxe um bem-vindo alívio nas tensões comerciais globais, contribuindo para a queda do dólar. Além disso, a expectativa de corte de juros na Zona do Euro e a notícia de que a Google (Alphabet) enfrenta riscos regulatórios com uma decisão antitruste iminente, também estiveram no radar dos investidores.

Em resumo, a semana no mercado financeiro foi marcada por uma complexa teia de eventos, com o dólar brasileiro liderando as manchetes domésticas e a dinâmica de Trump e Musk roubando a cena internacional.

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